Quando adotamos o Estilo de Vida LowCarb



Na esperança de voltar ao tão distante peso que tínhamos quando estávamos empolgados com os preparativos do nosso casamento (2012), enfrentamos várias dietas que nos deram resultados (nem sempre o esperado). Desde 2014 viemos tentando encontrar o "milagre" para perder os quilos adquiridos ao longo desses dois anos de união.

Logo na primeira semana, todas as dietas nos trouxeram só alegria, mas é quando começa a segunda semana que o bicho pega: A vontade de comer determinados alimentos começa miudinho, parecendo uma formiguinha dentro do estômago e quando você menos espera, parece que ingeriu um fermento potente e essa formiguinha passou por uma metamorfose transformando-se em um dragão.

Só que ainda você aguenta firme... confiando na sua força de vontade. Se esquiva daqui, se esconde acolá, mas vai ficando cada vez mais impossível de controlar essa falta dos alimentos que nesta nova dieta nos é proibido.

PROIBIDO = Essa é uma palavra de quatro sílabas que pode se transformar em quatro palavras: "VAI SIM, É GOSTOSO!"

E mesmo depois de ter sofrido para perder algumas gramas, tudo que se encaixa na palavra PROIBIDO em sua dieta te cativa. Quer doce? Fruta não basta. Quer refrescar? Suco natural sem açúcar não é o mesmo. A cada dia que passa, parece que você está atolado em uma areia movediça com nenhuma expectativa de vida. Você quer emagrecer, sabe que precisa, mas está sofrendo, sentindo uma fome danada, uma falta extrema de determinados alimentos.

Em 2015, quando conhecemos outra dieta famosa, entramos focados, empolgados e cientes de que iríamos conseguir — pelo menos desta vez —, fazer durar o tal regime alimentar. Cortamos aquilo, cortamos isso, por enquanto tudo bem... sente falta de doce, iogurte 0% gordura pode, laticínios 0% gordura também pode, queijos 0% gordura, e muitos outros ingredientes podem ser adicionados ao seu cardápio... e carnes, está liberado comer várias opções de proteínas. Até aí tudo bem, ok? Enganou-se quem achou que estávamos bem.

Foi nesta primeira semana que descobrimos que definitivamente NÃO SOMOS carnívoros. Sentíamos falta de legumes, vegetais, entre outros alimentos. Carne não bastava. Ovo, era limitado. Iogurte, não era à vontade... mas mantivemos firmes, focados, porque na segunda semana, podíamos comer em dias alternados os legumes e vegetais que tanto sentíamos falta. Mas e aquele dia que era só proteína? Sentíamos saudades do dia anterior, que tínhamos comido aquela deliciosa salada de abobrinha, rúcula, couve, que outrora achei que não gostava. E o mês se passou.

Fome? Sentíamos a todo instante, mas os resultados estavam estampados em nosso rosto, ambos mais magros, com uma papada muito menor, centímetros consideráveis que perdemos em toda a parte do corpo. O que nos mantinha em pé, firmes e fortes (ou quase isso), eram os elogios dos familiares e amigos. Um "Como vocês estão magros" eram como um prêmio de 100 mil reais que havíamos ganhados, até porque, um mês atrás as únicas frases que ouvíamos eram: "Vocês estão cheinhos¹", "Depois que casaram engordaram, hein?" e, vocês sabem disso, além de desconfortável, deselegante, é angustiante.

Mas quando estávamos chegando nos dois meses desta dieta, olhávamos para nossos pratos sofridos, sempre feitos com muito amor, bem temperado (sal não é tempero), bem apresentado, mas era comer a última porção da refeição que a fome já nos atacava. Parecíamos poço sem fundo, quando a comida chegava no estômago, fazia eco e precisávamos de comer mais. Mas queríamos manter o foco, não engordar... e foi num dia nublado e triste, que sem programar e nem conversar sobre o assunto, que decidimos não continuar com a dieta. E vivemos, engordamos de novo... curtimos a vida, porque tínhamos sofrido.

E no sexto mês de 2017— ano em que estamos planejando aumentar a nossa casa com uma herdeira ou herdeiro —, que havíamos conversado muito sobre diminuir nosso peso para conseguir ter fôlego para cuidar e brincar com os filhos onde chegou ao nosso conhecimento o estilo de vida LowCarb.

Procuramos mais sobre o assunto, descobrimos que precisaríamos cortar determinados alimentos como açúcar (no café é fácil, faz anos que tomo café puro, sem nenhum tipo de adoçante), refrigerante, já havíamos cortado de nossa alimentação desde março deste ano... e o principal: Carboidrato.

Quando se fala em carboidrato, pensamos apenas no arroz, farinhas e batata, mas meu amigo e minha amiga, quantos alimentos contém carboidrato disfarçado por aí. Passou uma semana para entender o que era esse Estilo de Vida e balancear os prós e contras para ver se valia a pena ou não.

Começamos! Por conta própria e risco, sem saber absolutamente nada, se jogando no escuro sem nenhuma vela pra ajudar, começamos a criar nossos cardápios, cortar de imediato o açúcar, carboidrato, alimentos que nascem embaixo da terra, grãos, farinhas, produtos industrializados, frutas (exceto vermelhas) e chocolates — separei chocolate do açúcar aqui, porque para o casal era o ponto fraco.

Enchemos nossa geladeira com muita proteína animal, legumes, verduras, morangos, ovos e começamos a nova batalha. Mas a coisa interessante e de extrema importância para quem quer emagrecer sem ficar chorando pelos cantos, é que o Estilo de Vida LowCarb, nos permite comer até sentirmos saciedade. E assim foi o primeiro dia. Tranquilo, sem muita aflição.

Adaptamos também o jejum intermitente (que em breve falaremos sobre o assunto por aqui para esclarecer todas as suas dúvidas, que também tínhamos). Começamos — ou pelo menos tentamos — a jantar mais cedo e ficar até a hora do almoço do outro dia em jejum, para então fazer a primeira refeição farta de proteínas, verduras, legumes e outros permitidos.

Não tivemos um grande impacto com essa mudança em nosso estilo de vida, e depois de dias já sentimos a diferença em nosso corpo e rosto porém deixamos para nos pesar depois de 1 semana completa na LowCarb. Foi prazeroso, emocionante descobrir o resultado ao subir na balança que outrora era nossa inimiga. Ambos perderam cerca de 4 quilos cada, sem sentir fome, sem ficar pelos cantos resmungando por falta de determinados alimentos. E as boas novas só começaram!

Depois de três semanas, ficamos ainda mais felizes quando roupas que ficavam extremamente justas em nosso corpo começou a servir corretamente, sem perder nenhum botão. E estamos rumo ao nosso peso desejado, sem sofrer por ai, sem reclamar sozinho, e queremos através deste blog incentivar você que já passou pelo que passamos — ou sofreu ainda mais —, a perder esses quilos que não lhe pertencem mas ficam te perturbando a todo instante.

Vamos colocar receitas, dicas, curiosidades, tudo o que você precisa saber para estar ligado nesse Estilo de Vida. E tenha em sua consciência: parar de comer determinados alimentos não é o fim do mundo, pode ser um novo começo!

Com carinho, Jéssica & Lucas.


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1. Não perca sua amizade com ninguém chamando-o de cheinho. É o pior adjetivo para se dizer a uma pessoa que está consciente do seu sobrepeso.

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Quando adotamos o Estilo de Vida LowCarb Quando adotamos o Estilo de Vida LowCarb Reviewed by Lucas Oliveira on junho 30, 2017 Rating: 5

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